Sobre o Mosaico

O Grupo Mosaico nasceu em 2015, por iniciativa de Eduardo Fernandes, com apoio de Luís Anselmi e Ricardo Barison. O objetivo era formar um grupo independente que trabalhasse na ponta da performance de arranjos de música popular para formação coral, estimulados pela possibilidade de participar do projeto "São Paulo Cidade Coral". A iniciativa, coordenada pelo Coral Paulistano Mário de Andrade, corpo artístico do Theatro Municipal de São Paulo, buscava incentivar a produção de música coral e a comunicação entre os coros da cidade de São Paulo. Com o fim precoce do edital, o grupo resolveu seguir por conta própria: aquele som inicial não podia deixar de soar por aí.

Cantores e ex-cantores amadores do Coral UNIFESP e CORALUSP, profissionais e estudantes de música, passaram a integrar o grupo, que desenvolveu desde o começo um repertório com amplo panorama da música popular brasileira de vários períodos. Sob a direção de Edu Fernandes, o grupo apresentou os repertórios "São Paulo em 4 Cantos" (2016), “Esquinas de Minas” (2017) e "Milagres do Povo" (2018 e 2019). Nesse período, o grupo consolidou uma das suas principais características: possibilitar que seus integrantes atuem como monitores, arranjadores, instrumentistas, solistas e regentes.

A partir desse espaço de experimentação e construção coletiva, em 2019 o grupo iniciou um novo ciclo, agora sob a direção de Luís Anselmi. Com novos integrantes, o Mosaico vem desde então fortalecendo seu objetivo de explorar as infinitas possibilidades sonoras da intersecção entre a sonoridade coral tradicional e a sonoridade única da canção popular brasileira (de tradição ou produção), juntas em uma interpretação coletiva de obras consagradas e inéditas experimentais. ​

Depois de um pouco mais de seis meses desenvolvendo o repertório “Coletividades” (2019 e 2020), a pandemia de Covid-19 levou o Grupo Mosaico a restringir suas atividades ao formato 100% remoto entre 2020 e 2021. Com todos os desafios impostos pelo isolamento social, o repertório deu forças para que o Mosaico desenvolvesse uma intensa produção audiovisual durante a quarentena -- incluindo um clipe de celebração dos 5 anos da formação do coro, com a participação de ex-integrantes. Essa experiência inaugurou um novo patamar de possibilidades de produção para o mundo coral, onda na qual o grupo surfou com inovação e criatividade, que carregou para todas as produções seguintes. Em novembro de 2021, com todos os integrantes vacinados para Covid-19, o grupo retomou as atividades presenciais.

Ainda em 2021, foi consolidado o fundamental apoio cultural do Instituto Lygia Jardim que possibilitou novos horizontes para o Grupo Mosaico, passando a soar seus acordes em uma nova casa, dentro do Instituto Jô Clemente, em São Paulo. Em 2022, o Grupo Mosaico marcou sua volta aos palcos com o repertório "Presença" e ampliou o portfólio de registros virtuais lançando seus primeiros singles nas plataformas de streaming de música: “Canções e Momentos” e “Romaria”.

O apoio e parceria com o ILJ rendeu frutos importantes que representam a realização de um sonho antigo do grupo -- expandir sua atuação para novos cenários e atingir cada vez mais pessoas espalhando por aí o jeito Mosaico de fazer música vocal.

Em 2022 nasceu o Laboratório Mosaico, um espaço coletivo de experimentação e descobertas musicais, vocais e corporais, com troca direta de integrantes do Grupo com o nosso público e pessoas interessadas em explorar sua voz e o mundo coral, com ou sem experiência em canto. Em 2023, foi lançado o projeto Caquinhos, o coral infantil do Grupo Mosaico, destinado a crianças de 8 a 12 anos, no qual investimos no nosso futuro trabalhando na formação da nova geração de cantores, público e consumidores críticos da cultura brasileira.